Medo sem nome
No mesmo momento em que sobram as palavras, elas também fogem quando procuro uma para definir o que senti. Acordei com minha vizinha dizendo que haviam entrado na minha casa, ela ao sair para trabalhar, viu meu portão aberto e meu carro que estava na garagem, também com portas abertas. Voltei de Uberlândia, onde tinha ido assistir a um show com meu marido em silêncio. Graças a Deus nada aconteceu com ninguém! Graças a Deus foram apenas partes do carro o que levaram, não entraram na minha casa! Mas a simples sensação de um estranho dentro do meu espaço, onde vivo com minha família, revirando o que é meu, mexendo, olhando, me causou calafrios! Nasci, cresci e vivi em São Paulo por 24 anos, onde passei por 4 episódios de assalto, e 1 aqui, na nossa pacata cidade, mas acredito que desta vez me senti mais assustada, indefesa, meio sozinha! Tenho assistido meio atordoada a pessoas fazendo campanhas a favor