Valentia

  

                                                                       

  Terapia! 
  Vixe que esse assunto rende! Alias acho que é um dos assuntos que mais rendem ao meu redor ultimamente! Gentes demais  perguntando sobre o processo terapêutico, pra que serve afinal a terapia, se psicólogos ajudam mesmo, etc, etc...
  E vou tentando assim:
  Eu, eu mesmo, fui pra terapia lá nos tempos antigos e não estava usando drogas, com problemas no colégio, nem era nenhuma rebelde (um pouco talvez...) Fui porque queria me conhecer melhor e tentar aquietar meus transbordamentos adolescentes. Apaixonei!
  E segui na caminhada terapêutica. Constante! Paro, recomeço, volto, interrompo...tem muita coisa em mim que quero conhecer, aprender, além disso vivo em permanente impermanência, há sempre algo novo a perceber!
  Minhas crias, todas, seguiram pelo mesma trilha. Há algumas apresentei o caminho, outras pediram! E vão aprendendo o quanto é bacana o autoconhecimento.
  Não é preciso um problema, uma crise, uma indecisão, uma neura! Não é preciso sentir-se louca, perdida, sem ar, triste, cheia de fome, cheia de medo, ou nem vazia de vida.
  Não é coisa de doido, de fraco, de inseguro, imaturo, de covarde, dependente, nem surtado.
  Não é pra serenar um divórcio, definir uma carreira, escolher um caminho, superar uma perda.
  Não vai servir para te dizer com quem casar, que vestibular prestar, que viagem fazer, com quem ficar, ou quando ir.
  Não só pra isso! 
  Mas também não será a terapia, muito menos o psicólogo que irá te ensinar nada disso. Será você mesmo! Só você! Que aos poucos, no seu tempo, vai se ouvindo, se percebendo, se conhecendo, se aprendendo no caminho da terapia, e numa hora qualquer começa a ter um pouco mais de firmeza nas pernas, segurança nos passos e clareza nos olhos!
  No final, terapia é valentia, uma coisa bem jedi e saudavelmente egoísta! Você descobre que a força esta dentro de você e que é bem bacana ficar ali por 1 hora só falando sobre você!
  E pra finalizar o papo, sem essa neura de achar que é coisa de quem tem dinheiro sobrando, porque pode ser bem mais acessível que imagina!

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