Politicamente (in) correta??

  



    Opinião super pessoal, mas que devido a época não consegui evitar!
    Política. Assunto meio delicado e muito sério. Não adianta bater no peito para falar que não gosta de política, político todos somos! Estamos em constante desempenho de papéis na busca de convencer ou mostrar algo a alguém. E não acho isso ruim, pelo contrário é até saudável, desde que, como tudo na vida, na dose certa.
   Mas me refiro a política tradicional mesmo, aquela que está em nosso portão atualmente.
   Outro dia fiz um post  no meu facebook, solicitando o não envio de propaganda política através dele e esta é a minha opinião. Respeito a linha oposta que defende a ideia de que todo e qualquer local que possa ser utilizado, deve servir de caminho para que candidatos mostrem seus projetos. Também é válido. Isto é democracia!
  Mas vamos pensar com total verdade. Quantas pessoas se lembram de fato, em quem votaram para vereador na última eleição? E caso lembrem o nome, o que este mesmo vereador realizou de concreto durante seu mandato? Como se posicionou, o que fez durante ele?
   Quando elegemos presidente, é sempre mais fácil lembrar em quem votamos, mas e quando os cargos disputados são municipais? Será que guardamos os nomes e acompanhamos o trabalho depois?
  Sinceramente, não acredito nisso! Acredito sim, que nos guiamos pela campanha, por informações que na maioria das vezes, só buscamos na época da eleição, sobre o que determinado candidato fez ou diz que irá fazer, nos influenciamos por amigos, parentes, mídia, alguma obra que ouvimos falar ter sido feita por fulano ou beltrano, e assim elegemos nossos escolhidos.
  Eu assumo minha parcela de culpa! Não me lembro de forma alguma em quem votei na última eleição municipal, alias, nem consigo me lembrar se já votava aqui na cidade!
  Mas hoje voto aqui e amo esta cidade! Construí minha família, fiz grandes amigos, estou consolidando meu trabalho aqui em Uberaba e de verdade, as vezes sinto pena desta cidade.
  Há tanto trabalho que poderia ser feito, já poderia ter crescido tanto, progredido tanto, por mais que falem mal, não dá para evitar a comparação com nossa vizinha Uberlândia. Morei em Uberlândia por 6 anos e ainda hoje, tenho apartamento montado passando muitos finais de semana por lá.
  Sei que são realidades diferentes, cidades diferentes, população diferente, mas afinal o que acontece com Uberaba? Por que as vezes acho que parou no tempo, que anda a passos tão lentos?
  E o que acontece com as campanhas eleitorais? Mas não apenas aqui, no país inteiro!   Será que de fato as pessoas se comovem com tantos políticos visitando os mais humildes, a periferia, frequentando bailes, feiras, abraçando, beijando criancinhas? Será que acreditam nisso, que veêm verdade nestas imagens? Será que somente eu acho isso tudo a mais ridícula das demagogias?
  Aos 41 anos de idade, o que vejo é a mesma linha de trabalho, tudo segue uma cartilha básica: discursos falando da infância pobre, como se admitir terem nascido ricos, fossem torna-los menos honestos, visitas aos mais necessitados como se mostrando afeição por estes, os tornassem mais humanos, visitas as feiras e botequins para comerem pastéis e ovos coloridos, demonstrando "serem do povo", e claro, as inúmeras promessas de melhorias nas áreas da saúde, educação, transporte, saneamento, etc, etc...
  Não sou nenhuma descrente do ser humano, nem dos políticos! Apenas compreendi que política é um jogo de troca, que por mais que um candidato tenha boa vontade, boas intenções, ele faz parte de um sistema, um sistema que esta corrompido há anos e para este mesmo candidato conseguir colocar em prática suas ideias cheias de boas intenções, ele terá que contar com apoio de várias pessoas, e consequentemente terá que facilitar a vida de alguns, dificultar de outros, fazer trocas, barganhar.
  Política para mim não é a arte da justiça plena, não tenho esta visão romântica de que possa de fato existir um homem que mude, que transforme. Na vida real não funciona assim! Até mesmo porque o buraco é mais embaixo, temos que mudar nossa cultura, nossos valores, porque aceitamos em silêncio um troco que recebemos a mais no supermercado, mas ficamos indignados com uma mala de dinheiro de um político qualquer! Não existe "meia moral, meio erro, meia honestidade". Nossos valores andam invertidos e acabamos acreditando que haverá um homem capaz de transformar nossa vida, nossa cidade!
  Não existe! Se nós não começarmos em casa a fazer esta mudança, não será nenhum político que o fará, por mais que eu julgue confortável sentar no sofá e esperar o prefeito me dar melhores condições de trabalho, caso eu não faça minha parte, não vou sair do lugar!
  Estou cansada de imagens de candidatos com crianças no colo, candidatas a futura primeira dama dançando em bailes, discursos dizendo que conhecem as necessidades da nossa cidade.  Para mim pelo menos, não é necessário que posem de "homens de bem, nascidos na miséria, filhos de trabalhadores". 
  Não consigo acreditar em tanta pureza! Prefiro os impuros, menos demagogos, mas com real disposição para o trabalho! 

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